Comunidade do lambedor.
A comunidade quilombola do Lambedor está localizada a cerca de 7 km da sede do município de Lagoa Grande, na caatinga, próxima ao assentamento Bom Conselho. Atualmente, são 20 famílias que moram na comunidade, que vivem e sobrevivem das atividades da agricultura familiar, da cultura e culinária, alguns migraram para áreas urbanas.
A história do Lambedor é contada a partir da chegada do negro Isaac Pereira Borges,que fugil da escravidão,
Chegando à Ilha do Pontal em 1794. Dois anos depois, ao deixar a Ilha, fixa moradia em uma fazenda chamada Belmonte, onde trabalhou e constituiu família.
Em 1778, servia aos senhores de engenho trabalhando na cana-de-açúcar. Devido às condições sub-humanas impostas pela escravidão, Isaque fugiu e refugiou-se na Ilha do Pontal (Local habitado por índios). Jesuítas, franciscanos e negros.
Anos depois, Isaque retorna para a fazenda Belmonte, onde faleceu e foi sepultado na ilha do Pontal.
Em 1911 um de seus filhos, chamado Félix Pereira Borges, comprou sua primeira propriedade onde é hoje a comunidade de lambedor.
Durante as décadas de 1920 e 1930 os filhos de Isaac Pereira Borges se casam e iniciam a construção de suas moradias, constituindo assim o processo de povoamento da comunidade. Sua identidade e história de origem são motivos de orgulho para os membros da comunidade de Lambedor. Formada por uma única família ampliada, Pereira e Borges, todas aquelas pessoas descendentes ou casadas com um Pereira Borges passaram a fazer parte da comunidade e a desenvolver o sentimento de pertencimento.
As ruínas da casa de farinha se mantêm de pé, local onde a família relembra os bons tempos das cantigas nas farinhadas que aqueciam a economia da agricultura familiar.além de poços artesianos que abastecem a comunidade e mata a sede dos animais.
Embora não tenham terras na margem do rio São Francisco, mantêm uma estreita relação com ele, não só porque a Ilha do Pontal é o lugar que atesta e fundamenta a origem da comunidade, mas porque historicamente foi da margem deste rio que a comunidade extraiu os recursos necessários para sua sobrevivência e permanência em uma área de caatinga.
Em 2012, a comunidade se organizou e criou a associação ASCAL - Associação comunitário e agropecuária de Lambedor e deu entrada na fundação palmares pleiteando o reconhecimento da comunidade quilombola, foi aceito e consolidado, se tornou o 1º ponto de cultura reconhecido em Lagoa Grande.
Com destaque para o reisado.
São Gonçalo, que se apresenta por toda região.
Além dos biscoitos de goma de receita centenária que tem se destacado em revistas conceituadas e programas de TVs.
Atualmente tem parceria com o SESC Petrolina e sedia 2 grandes eventos dentro da comunidade.
Janeiro tem +artes.
e a Aldeia do Velhos Chico, que acontece em agosto.
Comunidade quilombola de Lambedor, o berço das tradições da cultura e da arte afrodescendente de Lagoa Grande, Pernambuco!