No coração das feiras livres do interior cearense, ambiente especial onde se encontram todas as crenças, cores e gêneros, algo especial começou a acontecer. É aqui, nesse espaço democrático, que a música da Amazônia ecoa pelo Nordeste, atavés das notas e dos riffs da guitarra de Bimartins. O projeto Guitarrada na Feira, tem levado cultura e entretenimento às cidades que circundam ou fazem parte da região do Vale do Acaraú, no Ceará.
A guitarrada surgiu no final da década de 70, nas ruas de Belém do Pará. Um som que mistura a música tradicional da Amazônia com ritmos latinos, caribenhos e africanos. Um ritmo que pulsa, que dança, que vive.
A reação foi incrível. Os vídeos do projeto se tornaram alguns dos mais acessados pelo público, consolidando a 'Guitarrada na Feira' como uma celebração da música e da cultura popular. No entanto, o projeto, que começou em 2019, teve que ser descontinuado devido à pandemia de Covid-19.
A feira livre sempre foi um lugar de encontro, de troca, de vida. Com a guitarrada, esse espaço ganha ainda mais movimento, mais cor, mais som.
O som da guitarrada continua a ressoar, levando consigo o espírito da Amazônia, enquanto o Vale do Acaraú se mantém em movimento.
A fusão entre as culturas do Norte e Nordeste é mais do que uma simples troca de ritmos e melodias. É um encontro de almas, de histórias e de tradições. A guitarrada, que nasceu na Amazônia, encontrou nas feiras nordestinas um novo palco, um novo público, e se tornou um elo poderoso de ligação cultural.
A intervenção cultural de Bimartins foi revolucionária. Ao levar a música amazônica para o Nordeste, ele não só apresentou a cultura de uma região para outra, mas também uniu povos que compartilham uma mesma raiz, uma mesma paixão pela música e pela vida.
Assim, o projeto 'Guitarrada na Feira' se torna mais do que uma série de apresentações. É uma celebração da diversidade, da união e da força cultural de um povo que, apesar das distâncias, encontra na música um ponto de encontro e de identidade.